Em meio a uma fase de turbulência financeira, seu orçamento começou a não fechar no final do mês e você não viu saída a não ser se endividar. Deixou de pagar uma conta aqui, pegou um empréstimo ali, refinanciou o carro, ficou inadimplente na escola. As dívidas foram se acumulando e, quando você finalmente decidiu tomar uma atitude para reverter o cenário, já tinha se complicado tanto com as pendências que não sabia nem por onde começar.
Sair de uma situação de endividamento, especialmente quando ela já está instalada há algum tempo, pode ser um desafio complexo para muitas pessoas, especialmente quando as dívidas acumuladas são muitas, e assumidas com diferentes perfis de devedores. Ora, se preservar a saúde das nossas finanças e evitar as dívidas exige disciplina, organização e planejamento, para sair delas exige ainda mais.
Mas é claro que ninguém está livre de passar por um imprevisto desses que chegam sem aviso prévio e transformam nossas pendências em uma verdadeira bola de neve. É por isso que, de tempos em tempos, são desenvolvidos novos métodos para organizar o pagamento das dívidas e, pouco a pouco, pôr as contas em dia e retomar as rédeas do orçamento pessoal. Os mais recentes são os chamados métodos “Bola de Neve” e “Avalanche”. Já ouviu falar?
Continue a leitura e confira em que consiste cada estratégia.
Como se organizar para pagar as dívidas
Antes de partir para os métodos propriamente ditos, é importante fazer uma organização prévia de suas contas que ofereça um panorama abrangente e realista de sua situação atual.
Para começar, é preciso manter a tranquilidade e a cabeça fria para que a sua estratégia de quitação preserve a sua segurança e não comprometa seu patrimônio e tudo o que você conquistou até aqui. A sua metodologia deve priorizar as suas necessidades básicas e as da sua família.
Então, com todas suas contas e dívidas dispostas na mesa, separe as que se refiram a serviços essenciais, como água, energia etc. Separe também as contas referentes a alimentação e moradia, como aluguel, condomínio, financiamentos ou empréstimos que envolvam bens como garantia.
Se você estiver financiando um imóvel, vale lembrar que, até que seja quitado, ele ainda pertence ao banco. Caso esteja em atraso, procure conferir no contrato de financiamento qual o prazo de carência para pagamento das parcelas, ou seja, por quanto tempo o banco tolera o atraso no pagamento antes de acionar a justiça para que o bem seja tomado e levado a leilão.
Dentro desse prazo, parta para uma tentativa de negociação que seja viável e compatível com a sua situação atual. Tente uma revisão de taxas e parcelas ou mesmo um refinanciamento, sem esquecer de conferir em quanto ficará o valor total do contrato caso haja uma prorrogação do pagamento.
Métodos para quitação de dívidas
Tendo se certificado de que priorizou as dívidas que ameaçam a sua segurança e o seu patrimônio, é hora de aplicar outros critérios de priorização. Tenha em mãos todas as suas contas em atraso e então escolha um dos métodos abaixo, com base no seu perfil e no seu momento financeiro.
Método Avalanche
Também conhecido como “empilhamento de dívidas”, o método Avalanche é uma das melhores formas de pôr as contas em dia. A proposta aqui é pagar a menor quantidade de juros possível. Ou seja, o foco é tirar da frente as taxas que mais estão corroendo a sua renda. Caso não seja possível pagar todas as dívidas de uma vez, é importante fazer um esforço para quitar primeiro as que tiverem os maiores juros.
Passo 1
Faça uma lista de todos os débitos que comprometeram seu orçamento, incluindo dados como valor total, juros e data de vencimento.
Aqui, é importante fazer uma análise criteriosa de suas contas e pendências de forma geral. Afinal, você não vai conseguir levantar o dinheiro necessário para pagar suas dívidas se não tiver como premissa um planejamento estratégico que permita cortar o máximo de despesas possível.
A melhor forma de fazer isso é montando uma planilha que lhe ofereça uma visão ampla e clara de suas contas, em atraso ou não, das mais supérfluas às mais essenciais e emergenciais. O seu orçamento passará a ser norteado pelo pagamento das dívidas, mas isso não quer dizer que você deverá comprometê-lo integralmente.
O ideal é reservar até 30% da sua renda para pagar débitos em atraso. Essa porcentagem pode até subir um pouco, uma vez que você está concentrando esforços para acelerar a quitação de suas dívidas. Mas ela nunca deve ultrapassar os 50%.
Passo 2
Ordene suas dívidas em atraso de acordo com o valor dos juros, do maior para o menor. Em caso de juros semelhantes, priorize as contas com menor saldo pendente.
Passo 3
Continue pagando ao menos os valores mínimos das faturas para não ter seu score prejudicado e assim pagar juros mais altos.
Passo 4
Junte todo dinheiro extra que entrar (ou o que conseguir economizar) para quitar a dívida do topo da lista, e depois as subsequentes. Assim você se livra primeiro dos débitos com juros mais altos.
Passo 5
Estipule uma meta, ou seja, um prazo máximo para a quitação de todas as dívidas contempladas em seu plano. Esse tempo deverá ser calculado com base na quantidade de dinheiro que você conseguirá destinar mensalmente para o pagamento dos débitos em atraso. E atenção: nesse meio tempo, é primordial não assumir novas dívidas.
Método Bola de Neve
Assim como uma bola de neve, que começa pequena e vai aumentando conforme desce a montanha, a tática aqui é ordenar os débitos de acordo com o saldo pendente, do menor para o maior, independentemente das taxas de juros. E então seguir os mesmos passos do método anterior. A vantagem desse método é que, ao quitar suas dívidas menores, você começa a liquidá-las rapidamente, com forte efeito motivacional.
Como escolher o melhor método para quitar suas dívidas?
Além de considerar as suas tendências pessoais e o perfil das suas dívidas, essa escolha deve ter em vista o seu momento financeiro.
Caso entre um dinheiro inesperado, como a venda de um imóvel de família, por exemplo, vale apostar no método Avalanche, tendo como foco tirar os juros do seu caminho. Se for preciso pagar as dívidas gradualmente, então pode ser que o método Bola de Neve surta um efeito motivacional importante para que você persista no seu planto até o final.
E aí, que tal começar agora mesmo a planejar a sua estratégia de quitação?
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