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Guardar dinheiro por mês: conheça alguns métodos que podem ajudar

Aperta daqui, corta dali, reduz de lá. Por mais que a gente se esforce de todas as formas, parece que, quando a questão é poupar dinheiro, a matemática nem sempre está do nosso lado.

Sabemos quanto pode ser desafiador fazer sobrar todo mês aquele tantinho de dinheiro tão recomendado pelos especialistas para quem busca equilibrar as contas e manter uma vida financeira saudável. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria revelou que 69% dos brasileiros não conseguem poupar dinheiro para fazer uma reserva de emergência, atingir um objetivo específico ou começar a investir.

Mas, afinal, será que é mesmo possível juntar dinheiro, mesmo ganhando pouco? Uma coisa é certa: seja qual for a sua renda mensal, pelo menos dois elementos terão papel essencial na sua missão de encher o cofrinho: novos hábitos e planejamento. 

No artigo de hoje, a Crediativos traz estratégias práticas para ajudar você a economizar dinheiro de forma consistente e, ainda, garantir saúde financeira para começar agora mesmo a construir um futuro de mais liberdade, autonomia e sonhos realizados.

Por que é tão difícil começar a juntar dinheiro?

Seja por falta de tempo, dificuldade de organização, ou mesmo por uma tendência natural de procrastinar até quando possível tudo o que não for urgente, a realidade é que grande parte das pessoas costuma deixar o cuidado com as finanças pessoais em segundo plano, varrendo para debaixo do tapete pendências e dificuldades que precisam ser resolvidas para ontem.

Do mesmo modo, apertar o cinto dos gastos para finalmente assumir o controle das contas acaba se tornando mais uma resolução eternamente adiada. Afinal, para além de condições externas favoráveis, ela exige disciplina, determinação, engajamento e uma boa dose de educação financeira e autoconhecimento.

A importância de juntar dinheiro

Economizar é uma prática fundamental para garantir estabilidade financeira, segurança e alcançar objetivos de longo prazo. Confira a seguir algumas razões práticas pelas quais isso deve ser um hábito na sua vida desde já.

Segurança financeira (reserva de emergência): Ter uma reserva financeira para emergências é crucial. Despesas inesperadas, como reparos no carro, problemas de saúde ou perda de emprego, podem ser gerenciadas sem causar um rombo significativo em suas finanças.

Redução do estresse: Saber que você tem uma reserva financeira pode reduzir a ansiedade e o estresse associados a dificuldades financeiras.

Atingir metas de longo prazo: Economizar regularmente é essencial para garantir uma aposentadoria confortável, comprar um imóvel ou fazer aquela viagem dos sonhos

Independência financeira: Ter uma poupança permite que você tome decisões financeiras sem depender de crédito ou empréstimos. Isso proporciona maior liberdade e controle sobre sua vida financeira.

Investimento: Juntar dinheiro mensalmente oferece a oportunidade de investir e fazer seu dinheiro trabalhar para você, gerando renda e aumentando seu patrimônio.

Hábitos de consumo saudáveis: Economizar todos os meses ajuda a criar um hábito saudável de planejamento financeiro. Isso ensina disciplina e responsabilidade, essenciais para uma gestão financeira eficaz.

Por onde começar? Pla-ne-ja-men-to! Programe-se para alcançar suas metas

Você já deve ter ouvido mais de uma vez que todo planejamento financeiro começa por montar um orçamento pessoal. Esse é um passo básico, do qual você não vai ter como fugir.

Com uma compreensão clara das suas receitas e despesas, é hora de categorizá-las. Agrupe as despesas em categorias como moradia, alimentação, transporte, lazer, economias, entre outras. Isso ajuda a ver mais claramente para onde o dinheiro está sendo direcionado e facilita a identificação de áreas em que é possível economizar.

Na sequência, estabeleça valores realistas para seu orçamento. Determine quanto você está disposto a gastar em cada categoria. Lembre-se de incluir uma parcela para gastos imprevistos ou emergências. O objetivo aqui é encontrar um equilíbrio entre atender às suas necessidades básicas e garantir que você esteja economizando para objetivos futuros.

Em seguida, tendo todos os números na mão, é hora de traçar o seu plano. E acredite, isso pode até ser divertido. Pense nas suas metas: comprar um carro novo, viajar ou simplesmente ficar tranquilo sabendo que tem uma reserva de emergência. Divida essas metas em etapas menores e calcule quanto precisa economizar para alcançá-las. E não se esqueça de reservar uma parte para os gastos mais descontraídos. Afinal, a vida não é só pagar contas.

Mudança de hábitos: controle gastos e consuma de forma consciente

Usar o dinheiro com sabedoria significa, inicialmente, fazer escolhas de consumo conscientes.

Um controle financeiro eficiente inclui acompanhar regularmente seus gastos e compará-los com o que foi planejado. O objetivo é garantir que suas despesas não excedam suas receitas e, caso ocorra algum um desequilíbrio, fazer os devidos ajustes.

Um controle de gastos eficiente passa necessariamente por uma revisão de nossos próprios hábitos de consumo, a fim de adequá-los à nossa realidade e objetivos. A chave aqui é praticar o consumo consciente, ou seja, encarar o consumo como uma ferramenta de bem-estar, e não como um fim em si mesmo.

Muito além de deixar de comprar, o que precisamos é mudar a forma como consumimos, as motivações e os questionamentos que fazemos a nós mesmos antes de tomar uma decisão de compra. O hábito de gastar sem questionar a real necessidade do que estamos consumindo, sem antes procurar alternativas menos caras, sem pensar em durabilidade e custo-benefício, acaba por criar rombos de origem invisível em nossa conta bancária.

Outro hábito importante para você incorporar no seu dia a dia e que vai te ajudar muito a controlar as contas: organize-se antes de ir às compras. Além de pesquisar preços, modelos e variedades daquilo que você quer comprar, é importante olhar para o que você já tem.

Por fim, antes de comprar, confira suas motivações e questione-se se precisa mesmo daquilo. Faça a si mesmo as seguintes perguntas: “quero?”, “mereço?”, “preciso?” e, principalmente, “posso?”. Se a resposta for não para alguma delas, então é melhor pensar um pouco mais.

Normalmente nós já conhecemos nossos próprios gatilhos, e conforme vamos treinando esses questionamentos, vai ficando mais fácil reconhecer se de fato precisamos de algo e ou se estamos apenas nos enganando para satisfazer um impulso momentâneo.

Métodos práticos para começar a juntar dinheiro

Planilha financeira

De maneira resumida, a planilha de controle financeiro é uma ferramenta que ajuda você a entender, organizar e controlar o seu dinheiro de forma eficaz. Sabe aquela sensação de “onde foi parar meu dinheiro” que costumamos ter todo final de mês? Pois é, a planilha vai te ajudar a descobrir o destino de cada centavo.

Trata-se de um sistema no qual você irá inserir todos os dados referentes ao seu orçamento para então fazer a gestão das suas finanças, analisando com precisão todas as suas movimentações, dos gastos do dia a dia aos rendimentos de suas aplicações e tomando decisões embasadas nessas entradas e saídas.

Para buscar o máximo de precisão das informações inseridas, a planilha deve prever que você separe seus gastos por categoria, como moradia, transporte, alimentação, lazer etc.

No início, essas categorias podem ser mais genéricas e, aos poucos, conforme você for ganhando familiaridade com a ferramenta, segmentadas em grupos mais específicos, de modo que você adquira uma percepção cada vez mais precisa sobre seus custos e ganhos.

Categorizando suas receitas e despesas, você desenvolve uma visão mais clara do caminho percorrido pelo seu dinheiro, identificando hábitos financeiros que não fazem bem para o seu bolso e quais as áreas em que é possível economizar.

Assim, você passa a ter subsídios para determinar valores mais realistas para o seu orçamento, buscando um equilíbrio entre atender às suas necessidades básicas atuais e concretizar objetivos futuros.

Regra dos 50/30/20

A regra dos 50/30/20 é uma das estratégias mais populares e eficazes para gerenciar as finanças pessoais. Espécie de “regra de bolso”, o método costuma ser uma boa referência para orientar as pessoas a montarem seu orçamento pessoal. Desenvolvida pela senadora americana Elizabeth Warren, essa regra simples e prática pode facilitar o planejamento financeiro e a economia de dinheiro.

Ela consiste, basicamente, em dividir os gastos mensais em três categorias e estabelecer um limite para cada uma delas. São elas: gastos essenciais, prioridades financeiras e estilo de vida. Segundo essa regra, você deve destinar 50% da sua renda para gastos fixos essenciais. Para as despesas variáveis, correspondentes ao estilo de vida de cada um, devem ser destinados no máximo 30% da renda. Já as chamadas prioridades financeiras devem corresponder a 20% da renda.

Veja a seguir em que consistem essas três categorias:

Gastos fixos essenciais (50%): São aqueles fundamentais para a manutenção de sua rotina de vida. Entre eles podemos citar os gastos com moradia, como aluguel, parcelas de um financiamento ou o condomínio do imóvel onde você mora. Entram também nessa categoria os chamados gastos de subsistência, incluindo as contas de consumo, como água, luz e internet, além de gastos com alimentação, saúde e transporte.

Gastos variáveis (30%): Nessa categoria estão os gastos que contribuem para sua qualidade de vida, mas que podem ser reajustados ou mesmo suprimidos caso haja necessidade de enxugar o orçamento familiar. Reunimos nesse grupo as despesas pessoais e não obrigatórias de cada um, como um plano de TV por assinatura, uma viagem de férias, passeios e outras atividades de lazer.

Prioridades financeiras (20%): É aqui que vamos incluir o dinheiro destinado ao nosso “eu do futuro”. Ou seja, aquele valor que iremos poupar, direcionando-o para um fim específico: o nosso “cofrinho”. Sim, você deve poupar 20% da sua renda por mês, a fim de investir e assim potencializar os seus ganhos. Em outras palavras, fazer o seu dinheiro render.

Entram nessa categoria os recursos destinados a assegurar um bom padrão de vida no futuro. Ou seja, os valores que você precisa poupar e investir hoje para concretizar sonhos e alcançar metas financeiras. 

A principal vantagem dessa regra é que ela pode ser implementada de forma simples e rápida, sem a necessidade de maiores adaptações. Ou seja, é uma maneira prática de entrar no jogo e, pouco a pouco, conforme você se sentir mais seguro e familiarizado com ele, passar a organizar seu orçamento do seu jeito, de acordo com as suas peculiaridades.

Desafio “Juntar Dinheiro em 52 Semanas”: uma maneira divertida e eficaz de economizar

O desafio de juntar dinheiro em 52 semanas é uma estratégia popular e motivadora para quem deseja economizar de forma sistemática e sem grandes sacrifícios. A ideia é simples: você começa com um valor pequeno e aumenta gradualmente a quantia a ser poupada a cada semana.

O desafio é estruturado de maneira incremental. Veja como ele funciona:

1. Semana 1: Economize R$ 1

2. Semana 2: Economize R$ 2

3. Semana 3: Economize R$ 3

4. E assim por diante, até a Semana 52: Economize R$ 52

Ao final do desafio, você terá economizado um total de R$ 1.378. A chave para o sucesso é a consistência e a progressão gradual, que tornam o desafio acessível e administrável.

Benefícios do Desafio de 52 Semanas

Início fácil e acessível: começar com apenas R$ 1 torna o desafio menos desafiador e mais fácil de adotar, especialmente para aqueles que têm dificuldades em economizar grandes quantias de uma só vez.

Progresso gradual: o aumento semanal das economias ajuda a criar um hábito de poupança e ensina a importância da disciplina financeira sem causar um impacto significativo no orçamento mensal.

Motivação e satisfação: ver o montante acumulado crescer ao longo das semanas pode ser extremamente motivador. Cada semana completada é um passo mais próximo do objetivo final, proporcionando um senso de realização.

Flexibilidade: o desafio pode ser adaptado de acordo com suas possibilidades financeiras. Se desejar, você pode começar com valores mais altos ou mais baixos, ou até mesmo dobrar as quantias economizadas para aumentar o total final.

Dicas para garantir o sucesso

Planeje com antecedência: revise seu orçamento mensal e veja onde pode cortar gastos para garantir que conseguirá economizar as quantias semanais planejadas. Pequenos ajustes, como reduzir compras por impulso ou preparar refeições em casa, podem fazer uma grande diferença.

Use uma conta separada: para evitar a tentação de gastar o dinheiro economizado, guarde-o em uma conta separada especificamente para o desafio. Assim, você pode acompanhar seu progresso sem misturar com outras finanças.

Use lembretes: configure lembretes semanais no seu telefone ou calendário para garantir que você não esqueça de fazer a contribuição semanal. A consistência é essencial para o sucesso do desafio.

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