Blog

Saúde financeira e saúde mental: como equilibrar as duas?

Em mais um dia “daqueles”, depois de o stress ter chegado no limite, você decide marcar um rolê com as amigas para espairecer. Enquanto elas dão risada e conversam, sua cabeça não sai daquela mensalidade que você deixou de pagar, do cartão de crédito estourado, da prestação do empréstimo atrasada, do aluguel e da  conta de luz vencida há dias. O sorriso amarelo quando elas perguntam se está tudo bem já diz tudo: não, não está. Esse é apenas um exemplo de como a saúde mental pode ser impactada quando descuidamos de nossa saúde financeira.

Embora poucas pessoas façam essa associação, não há dúvida de que elas caminham de mãos dadas. Veja só!

Qual a importância de cuidar da saúde financeira?

Cuidar da saúde não se resume a tomar remédios, ir a médicos, praticar exercícios físicos regularmente ou ter bons hábitos alimentares e de sono. Afinal, você já se deu conta de que tudo o que acontece com a nossa mente afeta diretamente o nosso corpo? Pois é.

Do mesmo modo, cuidar da saúde financeira é fundamental para manter nossa mente e nosso corpo em equilíbrio e avançarmos em direção aos objetivos que traçamos para nossa vida.  

Quais os principais impactos do desequilíbrio financeiro em nossa saúde mental?

Quem está ou já esteve endividado sabe: quando a saúde financeira não vai bem, é praticamente impossível evitar impactos nocivos em outras áreas, especialmente na saúde mental. Segundo uma pesquisa desenvolvida pela Associação de Psicologia dos EUA (American Psychological Association), o dinheiro é a principal fonte de estresse para a grande maioria das pessoas. Por aí já dá pra ter uma ideia do estrago que o desequilíbrio financeiro pode fazer em outras áreas da nossa vida, não é? A começar pelas nossas emoções.

Irritação, ansiedade, insônia, desânimo, alteração de humor e baixa produtividade são apenas alguns dos sintomas que podem surgir como consequência de uma situação de endividamento ou da falta de controle sobre nosso orçamento doméstico e nossas finanças pessoais. De acordo com uma pesquisa recente divulgada pela plataforma Acordo Certo, 80% das pessoas endividadas dizem sofrer alterações de humor.

E os efeitos nocivos não param por aí: mais de 75% relatam crises de ansiedade, insônia e dificuldade para adormecer, enquanto 66% destacam baixa produtividade e impacto na vida afetiva como sintomas associados à situação de endividamento. Outro efeito sério é o psicológico, como a depressão, por exemplo. Esses efeitos nocivos são terreno fértil para as compras por impulso, por exemplo, ou para atitudes financeiras impensadas, tomadas sem qualquer consciência ou planejamento.

E se, por um lado, as dificuldades financeiras têm o poder de afetar diretamente nossa saúde mental, o contrário também é verdadeiro: manter a mente saudável e em equilíbrio pode ajudar muito em nossas decisões financeiras e na maneira como lidamos com o dinheiro.

Além disso, para traçar metas e objetivos financeiros coerentes e realistas – condição básica para assumirmos o controle de nossas finanças –, é preciso tranquilidade, equilíbrio mental e, acima de tudo, clareza e consciência sobre nossos próprios hábitos e tendências, ou seja, sobre quem somos, onde estamos e onde queremos chegar.  

Como preservar a saúde financeira e mental

“Antes de pensar em dinheiro, é muito importante ir em busca de ferramentas de autoconhecimento que nos permitam lidar com ele de forma madura, responsável e inteligente, traçando objetivos claros e trilhando planos que nos deem tranquilidade, inclusive, para lidar com situações inesperadas.”

Maria Paula Curto – Head de RH na Crediativos

Cuidar da mente, cuidar do corpo, cuidar das finanças pessoais. Equilibrar tantos pratinhos ao mesmo tempo pode por vezes parecer uma tarefa quase impossível, não? Mas calma! O que normalmente acontece é uma espécie de reação em cadeia: ao darmos conta de um deles, aos poucos, a tendência é que todos os demais também retomem naturalmente seu ponto de equilíbrio.

Confira a seguir algumas dicas de ouro para evitar que a má saúde financeira contamine sua saúde física e mental.

Saúde financeira

Encare de frente sua saúde financeira

Ter uma visão geral da própria situação financeira é o primeiro passo. É comum querermos fugir de responsabilidades com as quais não nos sentimos capazes de lidar no momento. Porém, quanto mais evitamos encarar os fantasmas das dívidas, mais eles nos assombram e mais difícil se torna enfrentar e resolver o problema.

Tenha um plano de quitação

Um plano de ação estruturado e factível é fundamental para que você mantenha o equilíbrio mental mesmo quando as coisas ainda não estão 100% resolvidas. O simples fato de estar tomando as medidas necessárias para que a situação volte aos trilhos já vai tirar um peso enorme das suas costas.

Não descuide da sua saúde física

Nesse meio tempo, lembre-se de que a sua dificuldade financeira é momentânea, e evite que ela afete sua saúde física e mental. Pratique atividades físicas e procure a ajuda de especialistas caso sinta necessidade de apoio psicológico.

Reconheça e valorize pequenas conquistas

Não deixe para comemorar somente quando todas as suas contas estiverem em dia. Precisamos reconhecer e celebrar nossas pequenas conquistas. Esse é um fator motivacional importantíssimo, que nos ajudará nos momentos de fragilidade emocional que surgirem ao longo do caminho.

Converse com as pessoas

Guardar o problema só para você não vai resolver a situação. Converse com as pessoas em quem confia. Falar sobre dinheiro pode ser muito difícil para a maioria das pessoas, mas é também uma atitude fundamental para manter uma vida financeira saudável. Se você guardar suas preocupações para si mesmo, só verá as coisas do seu próprio ponto de vista. Falar sobre com amigos pode ajudá-lo a entender os desafios que eles também enfrentam do lado deles. Assim, certamente novas soluções irão surgir.

Agora que você sabe um pouco mais sobre como a saúde financeira afeta a saúde mental, veja como negociar uma dívida pela internet.